AN�LISE DAS REVELA��ES

A Lei da Evolu��o, que rege todas as cousas, do simples gr�o de areia aos gigantescos astros, do mais insignificante zo�fito ao Esp�rito de Santidade, atuando sobre o planeta terreno, pelos seus executores, o transforma, produzindo revolu��es intestinas que explodem na sua superf�cie. Todas as renova��es s�o acompanhadas de abalos.

Acresce, ainda, que a modifica��o atmosf�rica acarreta, for�osamente, a modifica��o das condi��es do planeta que, juntamente como sistema solar, de que faz parte, caminha com velocidade superior � de uma bala de fuzil, pelo espa�o afora.

� natural, pois, que a atmosfera se v� modificando, fato bem notado nos �ltimos tempos, sendo que essa transforma��o h� de necessariamente dar lugar a fen�menos f�sicos.

� fato historicamente registrado que as perturba��es morais da humanidade coincidem com as perturba��es de natureza f�sica. Parece que cada �poca de 2.000 anos, mais ou menos, � assinalada por grandes fen�menos de ordem moral. Nessas ocasi�es, parece fazer-se necess�ria uma nova Revela��o, porque a depress�o do car�ter, a propens�o para o mal, para o crime, se acentua de tal forma que toda ci�ncia se torna est�ril, toda religi�o � v�.

No tempo em que Buda recebeu a Revela��o dos C�us, reinava uma verdadeira anarquia moral, e foi preciso que viesse mais uma VERDADE NOVA tirar os homens da apatia em que se achavam, para renascidos espiritualmente, cumprirem os seus deveres morais.

A Revela��o Budista precedeu 2.000 anos � de Mois�s, e, nessa ocasi�o, provavelmente, realizou-se a agita��o do mundo produzindo-se cataclismos.

Por ocasi�o da Revela��o Mosaica, a Hist�ria Sagrada, a B�blia, d� testemunho dos fatos surpreendentes ocorridos naquela �poca.

Dois mil anos depois, aparece Jesus; foi a �poca do nascimento do Cristianismo, e, ocioso se torna recapitular o que, ent�o, se deu, porque a� est�o os Evangelhos para serem estudados por todos, e que, melhor do que n�s, levar�o ao conhecimento dos leitores n�o s� os fen�menos s�smicos e atmosf�ricos, que aterrorizavam as gentes, mas tamb�m os fatos portentosos de ordem espiritual que eram como vergastas a a�oitar o torpor de uma ra�a transviada.

A RELIGI�O EM SUA MAIS SIMPLES EXPRESS�O: A Religi�o � o la�o que nos une a Deus, e a manifesta��o mais simples, e tamb�m, mais alta de religi�o, que o homem, com facilidade, concebe, � a caridade. A caridade �, pois, o expoente m�ximo da Religi�o. N�o dizemos que a Religi�o � a verdade, porque seria isso dificultar a conquista da Religi�o, que, com tanta sabedoria, tanto amor e tanto sacrif�cio, Jesus p�s ao alcance de todas as criatura humanas.

A caridade se faz compreender por todos, e � a todos acess�vel. Mas a verdade s� se alcan�a atrav�s dos grandes impulsos da intelig�ncia. Esta, contudo, somente quando iluminada pela claridade, pode aspirar � contempla��o interior de Deus. Por isso � que s� a caridade salva. Em resumo: a Religi�o, que ensina e conduz � caridade, tem o seu ponto de apoio no Evangelho de Jesus, porque foi este o maior Esp�rito que baixou � Terra e soube, como nenhum outro, praticar a caridade em sua plenitude.

A id�ia religiosa traz, como conseq��ncia, a sobreviv�ncia do Esp�rito � morte do corpo, e deste axioma derivam as condi��es f�sicas e morais do homem depois da morte. De onde se conclui que, para ser religioso, � preciso que o homem tenha f� nos seus destinos. Parece claro que ningu�m pode ter �f� na vida futura�, sem que dela tenha no��o; e, para que dela tenha no��o, � preciso que estude, investigue e compreenda.

Deus, por�m, nunca desampara os seus filhos, e sua miseric�rdia se faz sentir nos grandes momentos em que o homem dela mais necessita. A� temos a REVELA��O ESP�RITA, que � a T�bua de Salva��o oferecida a todos. Ao lado do materialismo desesperador e tenebroso, manifesta-se a luz da imortalidade, revive nos cora��es a esperan�a; os aflitos recebem a consola��o e os deserdados a Caridade.

CAIBAR SCHUTEL.

 

 

AN�LISE DAS REVELA��ES

 

LINHA�� DE�� TEMPO

 

 

I

II

III

IV

V

 

REVELA��O BUDISTA

(BUDA)

Mundo de expiação e provas

1�.

REVELA��O MOSA�CA

(MOIS�S)

2�.

REVELA��O CRISTI�NICA

NASCIMENTO DO

CRISTIANISMO

(JESUS CRISTO)

3�.

REVELA��O ESP�RITA

(ALLAN KARDEC)

CRISTIANISMO

REDIVIVO

(1.857)

 

 

III - MIL�NIO

Mundo de regeneração (evangelização 51%)

+ ou � 2.000 ANOS

+ ou � 2.000 ANOS

+ ou � 2.000 ANOS

+ ou � 2.000 ANOS

 

Panorama Mundial

Panorama Mundial

Panorama Mundial

Panorama Mundial

Panorama Mundial

-Anarquia moral.

-Apatia geral.

-Propens�o para o mal.

-Materialismo �mpar.

-Bramanismo.

- Idolatria.

-Materialismo desenfreado.

 

 

 

-Ocioso torna recapitular.

-Materialismo desenfreado.

-Idolatria

-Materialismo tenebroso.

-Materialismo desesperador.

-Religi�es (falsos profetas) se expandem.

-Ocorriam mortes em nome de Deus. (Inquisi��o)

-V�cios. M�s condutas.

-Despotismo.

-Orgulho.

-Idolatria.

-Fim do absolutismo.

-Fim das aristocracias.

-Fim das castas privilegiadas.

-Fim da prepot�ncia.

-Fim do orgulho.

-Fim do ego�smo.

-Fim dos governos venais

-Troca de vis�o do mundo material pelo mundo espiritual.

Panorama subsequente

Panorama subsequente

Panorama subsequente

Panorama subsequente

Panorama subsequente

-Renascidos espiritualmente.

-Deveres morais.

-Lei de Causa e Efeito.

-Interpreta��o de um Deus mau e vingativo.

-

-Evangelhos

-A religiosidade floresce.

-Veio o amor.

-O dec�logo passou para 2 mandamentos.

 

-T�bua de salva��o.

-Espiritualizar as almas.

-Luz da Imortalidade.

-Nos cora��es: a esperan�a.

-Os deserdados recebem a Caridade.

-Os aflitos recebem a consola��o.

-O Bem perdura.

-A caridade domina.

-O amor � mundial.

-O pr�ximo � reconhecido

 

 

 

 

AN�LISE DAS REVELA��ES

 

I � REVELA��O NOVA: BUDISTA (BUDA)

 

A finalidade desta an�lise � mostrar aos estudantes do Espiritismo como se deu a descoberta espiritual pelos homens ao longo dos mil�nios, e, aomesmo tempo, registrar que, ap�s determinadas decis�es humanas incompat�veis com a justi�a divina, os Dirigentes Espirituais, mentores da humanidade encarnada, enviam seus emiss�rios para restabelecer o equil�brio, conduzindo o homem na dire��o correta.

O Budismo veio corrigir o grave erro do Bramanismo, que estabeleceu as castas, recolocando todos os homens em igualdade de condi��es. Rompe tamb�m com a Trindade bram�nica, ao colocar como Incondicionado o Ser Supremo e cham�-lo de Vazio ou Absoluto; como conseq��ncia fica indefinida a exist�ncia ou n�o da alma. Em paralelo, no Ocidente, podemos dizer que o Islamismo veio ao mundo para se opor a Trindade da Igreja Romana, restabelecendo a id�ia de um Deus, �nico e Criador de todas as coisas, como na origem bram�nica e nos ensinamentos de Jesus.

O Espiritismo, como s�ntese, admite o Deus Criador e a pluralidade das exist�ncias do Bramanismo, rejeitando sua Trindade, como o fez o Budismo; aceita do Budismo a igualdade de todos diante do Ser Supremo, mas rejeita-lhe o estado nirv�nico pante�sta da alma que alcan�a a ilumina��o; aceita os princ�pios do Deus Criador do Juda�smo e a pluralidade das exist�ncias trazidas ao Ocidente por Jesus, e nega, como fez o Islamismo, a Trindade da Igreja Romana em rela��o aos anjos, homens, animais e vegetais, cada grupo circunscrito em seu n�vel, como fez o Budismo com as castas bram�nicas.

O Espiritismo, como se v�, vem restabelecer os ensinamentos de Jesus, contidos nas religi�es anteriores, sem os erros criados pelos homens, como disse o Esp�rito de Verdade: �Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram s�o de origem humana; e eis que, de al�m-t�mulo, que acredit�veis vazio, vozes vos clamam: Irm�os ! Nada perece�.

Segundo os registros hist�ricos Lao Tse teria nascido por volta de 600 a.C. e Sidharta Gautama, o fundador do Budismo, em torno de 550 a .C. N�o existem dados exatos. Como hip�tese, pode-se dizer que, muito provavelmente, Gautama tomou conhecimento das id�ias tao�stas de Lao Tse e de sua rela��o com os opostos do I Ching, para iniciar na �ndia, o novo ideal budista, em confronto com as castas e favoritismos bram�nicos.

Gautama era de fam�lia nobre, mas aos 29 anos de idade abandona o lar paterno, preocupado com o problema do sofrimento humano, e parte em busca da ilumina��o com os exerc�cios da ioga e as mortifica��es, durante 6 anos. N�o satisfeito, imaginou, ent�o, um novo m�todo, passando a praticar a medita��o sob uma �rvore, a �rvore-B�, chegando ao despertar ou ao estado Budha, palavra que quer dizer s�bio.

O Ser Supremo para Sidharta Gautama (Buda), o Indeterminado, o Vazio, o Absoluto, assemelha-se pouco ao Brahmann e muito ao T�o de Lao Tse: o T�o � vazio e inesgot�vel; � o indeterminado.

No budismo a �atman� bram�nica perde sua individualidade em raz�o da constante muta��o de todas as coisas, como no Tao�smo: �o movimento do Tao nasce dos contr�rios...todas as coisas nascem do Ser; o Ser nasce do n�o-ser, dando origem a uma id�ia pante�sta de que tudo est� em Deus ou Deus em tudo.

Em seu primeiro ensinamento Buda fala da vida e do sofrimento de nascer, de adoecer, de envelhecer e de morrer. Todo sofrimento adv�m da id�ia que se tem de se ter uma alma ou �eu� permanente, substancial. Se n�o tivermos a ilus�o desse �eu�, a c�lera, o desejo e a ignor�ncia desaparecer�o. Diz F. Capra que �o Budismo sustenta que a id�ia de um eu individual � uma ilus�o, um conceito intelectual desprovido de realidade�.

Como nosso estudo n�o � propriamente o Budismo e sim o Espiritismo, estamos analisando o nosso passado para compreendermos melhor o nosso futuro, mostramos o Budismo como uma necessidade inicial que a Espiritualidade sentiu de agir quanto a Humanidade daquela �poca.

 

 

II � REVELA��O MOSA�CA (CONSIDERADA A 1�. REVELA��O PELO ESPIRITISMO) REPRESENTADA EM MOIS�S:

 

Dos Esp�ritos degredados na Terra, foram os hebreus que constitu�ram a ra�a mais forte e mais homog�nea, mantendo inalterados os seus caracteres atrav�s de todas as muta��es. Examinando esse povo not�vel no seu passado long�nquo, reconhecemos, que, se grande era a sua certeza na exist�ncia de Deus, muito grande tamb�m era o seu orgulho, dentro de suas concep��es da verdade e da vida.

Consciente da superioridade de seus valores, nunca perdeu oportunidade de demonstrar a sua vaidosa aristocracia espiritual, mantendo-se pouco acess�vel � comunh�o perfeita com as demais ra�as do orbe.

Entretanto, em honra da verdade, somos obrigados a reconhecer que Israel, num paradoxo flagrante, antecipando-se �s conquistas dos outros povos, ensinou de todos os tempos a fraternidade, a par de uma f� soberana e imorredoura. Sem p�tria e sem lar, esse povo her�ico tem sabido viver em todos os climas sociais e pol�ticos, exemplificando a solidariedade humana nas melhores tradi��es de trabalho; sua exist�ncia hist�rica, contudo � uma li��o dolorosa para todos os povos do mundo das conseq��ncias nefastas do orgulho e do exclusivismo.

MOIS�S: As lendas da Torre de Babel n�o representam um mito nas p�ginas antigas do Velho Testamento, porque o ex�lio na Terra n�o pesou tanto �s outras ra�as degredadas quanto na alma orgulhosa dos judeus inadaptados e revoltados num mundo que os n�o compreendia.

Sem procurarmos os seus antepassados, anteriores a Mois�s, vamos encontrar o grande legislador hebreu saturando-se de todos os conhecimentos inici�ticos, no Egito antigo, onde o seu Esp�rito recebeu primorosa educa��o � sombra do prest�gio de Term�tis, cuja caridade fraterna o recolhera.

Mois�s, na sua qualidade de mensageiro do Divino Mestre, procura ent�o concentrar o seu povo para a grande jornada em busca da Terra da Promiss�o. M�dium extraordin�rio, realiza grandes feitos ante os seus irm�os e companheiros maravilhados. � quando ent�o recebe de emiss�rios do Cristo, no Sinai, os dez sagrados mandamentos que, at� hoje, representam a base de toda a justi�a do mundo.

Antes de abandonar as lutas na Terra, na ext�tica vis�o da Terra Prometida, Mois�s lega � posteridade as suas tradi��es no Pentateuco, iniciando a constru��o da mais elevada ci�ncia religiosa de todos os tempos, para as coletividades porvindouras.

 

III � REVELA��O CRISTI�NICA: JESUS CRISTO (CONSIDERADA A 2�. REVELA��O PELO ESPIRITISMO).

 

As primeiras organiza��es religiosas da Terra tiveram, naturalmente, sua origem entre os povos primitivos do Oriente, aos quais enviava Jesus, periodicamente, os seus mensageiros e mission�rios. Dada a aus�ncia da escrita, naquelas �pocas long�nquas, todas as tradi��es se transmitiam de gera��o a gera��o atrav�s do mecanismo das palavras.

Todavia, com a coopera��o dos degredados dos sistema de Capela, os rudimentos das artes gr�ficas receberam os primeiros impulsos, come�ando a florescer uma nova era de conhecimento espiritual, no campo da concep��es religiosas.

Os Vedas, que contam mais de seis mil anos, j� nos falam da sabedoria dos �Sastras�, ou grandes mestres das ci�ncias hindus, que os antecederam de mais ou menos dois mil�nios, nas margens dos rios sagrados da �ndia. V�-se, pois, que a id�ia religiosa nasceu com a pr�pria Humanidade, constituindo o alicerce de todos os seus esfor�os e realiza��es no plano terr�queo.

N�o podemos, por�m, esquecer que Jesus reunira nos espa�os infinitos os seres proscritos que se exilaram na Terra, antes de sua reencarna��o geral na vizinhan�a dos planaltos do Ir� e do Pamir.

Obedecendo �s determina��es superiores do mundo espiritual, eles nunca puderam esquecer a palavra salvadora do Messias e as suas divinas promessas. As belezas do espa�o, aliadas � paisagem mir�fica do plano que foram obrigados a abandonar, viviam no cerne das suas recorda��es mais queridas. As exorta��es confortadoras do Cristo, nas v�speras de sua dolorosa imers�o nos fluidos pesados do planeta terrestre, cantavam-lhe no �ntimo os mais formosos hosanas de alegria e de esperan�a.

Era por isso que aquelas civiliza��es antigas possu�am mais f�, colocando a intui��o divina acima da raz�o puramente humana. A cren�a, como �ntima e sagrada aquisi��o de suas almas, era a for�a motora de todas as realiza��es, e todos os degredados, com os mais santos entusiasmos do cora��o, falaram d�Ele e da sua infinita miseric�rdia.

Suas vozes enchem todo o �mbito das civiliza��es que passaram no pentagrama dos s�culos sem-fim e, apresentado com mil nomes, segundo as mais variadas �pocas, o Cordeiro de Deus foi guardado pela compreens�o e pela mem�ria do mundo, com todas as suas express�es divinas ou, ali�s, como a pr�pria face de Deus, segundo as modalidades dos mist�rios religiosos.

AS REVELA��ES GRADATIVAS:

At� � palavra simples e pura do Cristo, a Humanidade terrestre viveu etapas gradativas de conhecimento e de possibilidades, na senda das revela��es espirituais. Os mil�nios, com as suas experi�ncias consecutivas e dolorosas, prepararam os caminhos d�Aquele que vinha, n�o somente com a sua palavra, mas, principalmente com a sua palavra, mas, principalmente, com a sua exemplifica��o salvadora.

Cada emiss�rio trouxe uma das modalidades da grande li��o de que foi teatro a regi�o humilde da Galil�ia. � por esse motivo que numerosas coletividades asi�ticas n�o conhecem a li��o direta do Mestre, mas sabem do conte�do da sua palavra, em virtude das pr�prias revela��es do seu ambiente, e, se a Boa Nova n�o se dilatou no curso dos tempos, pelas estradas do povos, � que os pretensos mission�rios do Cristo, nos s�culos posteriores aos seus ensinos, n�o souberam cultivar a flor da vida e da verdade, do amor e da esperan�a, que os seus exemplos haviam implantado no mundo: - abafando-a nos templos de uma falsa religiosidade, ou encarcerando-a no sil�ncio dos claustros, a planta maravilhosa do Evangelho foi sacrificada no seu desenvolvimento e contrariada nos seus mais l�dimos objetivos.

 

IV � REVELA��O ESP�RITA (1857) � ( CONSIDERADA A 3�. REVELA��O PELO ESPIRITISMO) � ALLAN KARDEC �

O CRISTIANISMO REDIVIVO:

 

ALLAN KARDEC E OS SEUS COLABORADORES: O s�culo XIX desenrolava uma torrente de claridade na face do mundo, encaminhando todos os pa�ses para as reformas �teis e preciosas. As li��es sagradas do Espiritismo iam ser ouvidas pela Humanidade sofredora. Jesus, na sua magnanimidade, repartiria o p�o sagrado da esperan�a e da cren�a com todos os cora��es.

Allan Kardec, todavia, na sua miss�o de esclarecimento e consola��o, fazia-se acompanhar de uma pl�iade de companheiros e colaboradores, cuja a��o regeneradora n�o se manifestaria t�o-somente nos problemas de ordem doutrin�ria, mas em todos os departamentos da atividade intelectual do s�culo XIX. A ci�ncia, nessa �poca, desfere os v�os soberanos que a conduziriam �s culmin�ncias do s�culo XX.

O progresso da arte tipogr�fica consegue interessar todos os n�cleos de trabalho humano, fundando-se bibliotecas circulantes, revistas e jornais numerosos. A facilidade de comunica��es, com o tel�grafo e as vias f�rreas, estabelece o interc�mbio direto dos povos. A literatura enche-se de express�es not�veis e imorredouras. O laborat�rio afasta-se definitivamente da sacristia, intensificando as comodidades da civiliza��o.

Constr�i-se a pilha de coluna, descobre-se a indu��o magn�tica, surgem o telefone e o fon�grafo. Aparecem os primeiros sulcos no campo da radiotelegrafia, encontra-se a an�lise espectral e a unidade das energias f�sicas da Natureza. Estuda-se a teoria at�mica e a fisiologia assenta bases definitivas com a anatomia comparada. As artes atestam uma vida nova. A pintura e a m�sica denunciam elevado sabor de espiritualidade avan�ada.

A d�diva celestial do interc�mbio entre o mundo vis�vel e o invis�vel chegou ao planeta nessa onda de claridades inexprim�veis. Consolador da Humanidade, segundo as promessas do Cristo, o Espiritismo vinha esclarecer os homens, preparando-lhes o cora��o para o perfeito aproveitamento de tantas riquezas do C�u. A tarefa de Allan Kardec era dif�cil e complexa. Competia-lhe reorganizar o edif�cio desmoronado da cren�a, reconduzindo a civiliza��o �s suas profundas bases religiosas. Atento � miss�o de conc�rdia e fraternidade da Am�rica, o plano invis�vel localizou a� as primeiras manifesta��es tang�veis do mundo espiritual, no famoso lugarejo de Hydesville.

 

V - III - MIL�NIO: Mundo de regeneração (evangelização 51%):

A HUMANIDADE DO TERCEIRO MILÊNIO ( EDGARD ARMOND): Seja como for, estamos vivendo um período de transição e nos aproximando de um destes julgamentos periódicos. O Espiritismo tem assim uma grande tarefa a realizar preparando os homens para o advento do III Milênio que será o tempo em que a Terra, suficientemente expurgada e evoluída, será habitada por uma raça de homens melhores.

Essa humanidade renovada habitará um mundo diferente, de aspecto mais agradável, ameno e feliz.

Seus habitantes serão dotados de maravilhosas faculdades psíquicas, mormente a intuição que lhes permitirá mais amplos e diretos conhecimentos do universo e de suas leis.

Terão perispíritos brilhantes e purificados e tendo terminado seus resgates na antiga Terra, seus corpos serão isentos de moléstias orgânicas, seus espíritos livres de torturas morais como as que aqui nos abatem.

Inteligência viva e sentimentos apurados, esses homens realizarão na Terra a fórmula do paraíso terrestre do qual, ao invés de expulsos, como antigamente, serão agora conquistadores.

Seu culto, unificado e espontâneo será uma pura harmonia de reverência, gratidão e amor acendrado ao Criador e junto deles Jesus, o Divino Mentor permanecerá visível, como pastor feliz entre as ovelhas redimidas. Caídos os véus pesados e grosseiros da carne impura, tudo será visível aos olhos imortais daqueles seres felizes.

Nessa época a Terra terá passado de planeta inferior de expiação e de provas a MUNDO FELIZ DE REGENERAÇÃO, no qual amplos e ilimitados horizontes se abrirão para os homens que o habitarem.

Será como disse João, o vidente: "Vi um novo céu e uma nova Terra e vi a santa cidade, a Nova Jerusalém, que descia do céu, adereçada e ataviada como a esposa que vem para o seu marido".

Porque a cidade do Deus vivo, a cidade celestial, a cidade que tem fundamento na eternidade e da qual Deus é o artíficie e construtor, desceu sobre a Terra.

E então todos aqueles que seguirem a Jesus, exemplificando o seu evangelho, viverão nessa cidade perfeita - imagem mística do próprio mundo renovado, porque, como disse Ele: a vontade daquele que Me enviou é esta: todo aquele que vê o Filho e nele crê terá a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia".

REVELAÇÕES (EMMANUEL): O mundo renovado do Terceiro Milênio será habitado não somente pelas criaturas achadas dignas de nele permanecerem, mas também por entidades bastante evoluídas de outros planos, que para ele serão conduzidas após as convulsões físicas, sociais e morais do período de transição que atravessais.

Crede que em todo o processo será obedecido o critério de rigorosa justiça, evangelicamente aplicada, tanto no afastamento dos espíritos não qualificados a permanecerem na Terra como na imigração de almas alienígenas, que se dará para que influam em seu progresso, decisivamente, dado seu grande adiantamento espiritual.

Nosso principal trabalho será evitar quanto possível, uma emigração quase que em massa de espíritos retrógrados de vosso meio para planos inferiores. Neste propósito, contamos com a infinita misericórdia do Pai, que não deseja que nenhum de seus filhos se perca.

O Mestre apresta-se agora a recolher as últimas ovelhas dispersas de seu rebanho, uma vez que quantas forem achadas fora de seu aprisco "serão lançadas nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes".

Na realidade, o chamamento do Senhor, nestes últimos tempos, será de tal ordem que muitos mais do que supondes se salvarão. Vereis agora propagarem-se, segundo a profecia de Joel, citada nos Atos dos Apóstolos, sonhos nítidos e reais, de modo a conduzirem quem os tenha a conclusões definitivas e insofismáveis quanto à realidade do espírito e sua capacidade de exteriorizar-se do organismo físico.

Possuindo os encarnados o conhecimento dessa possibilidade de exteriorização noturna, seguramente alcançarão o entendimento da realidade da sobrevivência do espírito, após a morte do corpo material. Muito trabalharemos nesse setor, mais do que nunca procurando esclarecer e evangelizar os encarnados em seu desdobramento noturno e, quanto possível, levá-los a conservarem a lembrança de seus passos no astral durante o sono.

Este trabalho, e o de divulgação doutrinária entre vós, juntos produzirão excelentes resultados quanto ao objetivo de esclarecimentos do maior número possível. Podeis também estar seguros de que se darão manifestações bastante conclusivas de efeitos físicos, e fenômenos outros, mediúnicos, de forma tal que unicamente os rebeldes e deliberadamente incrédulos poderão cerrar os olhos à evidência da realidade espiritual.

E de forma alguma sereis responsabilizados pela perda destes últimos: trabalhai pelos que de boa vontade aceitem esclarecimento e demonstração conclusiva. Médiuns adequados a serviço de tal envergadura estão sendo preparados, e oportunadamente manifestar-se-ão em número suficiente para tão grande exigências de serviço e devotamento à causa da divulgação da doutrina espírita, a poderosa força que tanto tem feito e tanto fará pela humanidade.

Confiai irrestritamente no Senhor, que em tudo vos há de fortalecer e amparar, guiando-vos com segurança em vosso grande esforço atual. Ele vos concederá todos os recursos de que necessitais paa auxiliardes o Cristo a recolher as ovelhas desgarradas ao seu aprisco, ainda tão vazio, dois mil anos após sua passagem pela terra.