AN�LISE DAS REVELA��ES
A Lei da Evolu��o, que rege todas as cousas, do simples gr�o de areia aos gigantescos astros, do mais insignificante zo�fito ao Esp�rito de Santidade, atuando sobre o planeta terreno, pelos seus executores, o transforma, produzindo revolu��es intestinas que explodem na sua superf�cie. Todas as renova��es s�o acompanhadas de abalos.
Acresce, ainda, que a modifica��o atmosf�rica acarreta, for�osamente, a modifica��o das condi��es do planeta que, juntamente com� o sistema solar, de que faz parte, caminha com velocidade superior � de uma bala de fuzil, pelo espa�o afora.
� natural, pois, que a atmosfera se v� modificando, fato bem notado nos �ltimos tempos, sendo que essa transforma��o h� de necessariamente dar lugar a fen�menos f�sicos.
� fato historicamente registrado que as perturba��es morais da humanidade coincidem com as perturba��es de natureza f�sica. Parece que cada �poca de 2.000 anos, mais ou menos, � assinalada por grandes fen�menos de ordem moral. Nessas ocasi�es, parece fazer-se necess�ria uma nova Revela��o, porque a depress�o do car�ter, a propens�o para o mal, para o crime, se acentua de tal forma que toda ci�ncia se torna est�ril, toda religi�o � v�.
No tempo em que Buda recebeu a Revela��o dos C�us, reinava uma verdadeira anarquia moral, e foi preciso que viesse mais uma VERDADE NOVA tirar os homens da apatia em que se achavam, para renascidos espiritualmente, cumprirem os seus deveres morais.
A Revela��o Budista precedeu 2.000 anos � de Mois�s, e, nessa ocasi�o, provavelmente, realizou-se a agita��o do mundo produzindo-se cataclismos.
Por ocasi�o da Revela��o Mosaica, a Hist�ria Sagrada, a B�blia, d� testemunho dos fatos surpreendentes ocorridos naquela �poca.
Dois mil anos depois, aparece Jesus; foi a �poca do nascimento do Cristianismo, e, ocioso se torna recapitular o que, ent�o, se deu, porque a� est�o os Evangelhos para serem estudados por todos, e que, melhor do que n�s, levar�o ao conhecimento dos leitores n�o s� os fen�menos s�smicos e atmosf�ricos, que aterrorizavam as gentes, mas tamb�m os fatos portentosos de ordem espiritual que eram como vergastas a a�oitar o torpor de uma ra�a transviada.
A RELIGI�O EM SUA MAIS SIMPLES EXPRESS�O: A Religi�o � o la�o que nos une a Deus, e a manifesta��o mais simples, e tamb�m, mais alta de religi�o, que o homem, com facilidade, concebe, � a caridade. A caridade �, pois, o expoente m�ximo da Religi�o. N�o dizemos que a Religi�o � a verdade, porque seria isso dificultar a conquista da Religi�o, que, com tanta sabedoria, tanto amor e tanto sacrif�cio, Jesus p�s ao alcance de todas as criatura humanas.
A caridade se faz compreender por todos, e � a todos acess�vel. Mas a verdade s� se alcan�a atrav�s dos grandes impulsos da intelig�ncia. Esta, contudo, somente quando iluminada pela claridade, pode aspirar � contempla��o interior de Deus. Por isso � que s� a caridade salva. Em resumo: a Religi�o, que ensina e conduz � caridade, tem o seu ponto de apoio no Evangelho de Jesus, porque foi este o maior Esp�rito que baixou � Terra e soube, como nenhum outro, praticar a caridade em sua plenitude.
A id�ia religiosa traz, como conseq��ncia, a sobreviv�ncia do Esp�rito � morte do corpo, e deste axioma derivam as condi��es f�sicas e morais do homem depois da morte. De onde se conclui que, para ser religioso, � preciso que o homem tenha f� nos seus destinos. Parece claro que ningu�m pode ter �f� na vida futura�, sem que dela tenha no��o; e, para que dela tenha no��o, � preciso que estude, investigue e compreenda.
Deus, por�m, nunca desampara os seus filhos, e sua miseric�rdia se faz sentir nos grandes momentos em que o homem dela mais necessita. A� temos a REVELA��O ESP�RITA, que � a T�bua de Salva��o oferecida a todos. Ao lado do materialismo desesperador e tenebroso, manifesta-se a luz da imortalidade, revive nos cora��es a esperan�a; os aflitos recebem a consola��o e os deserdados a Caridade.
CAIBAR SCHUTEL.
I |
II |
III |
IV |
V |
REVELA��O
� BUDISTA (BUDA) |
1�. REVELA��O
MOSA�CA (MOIS�S) |
2�. REVELA��O
CRISTI�NICA NASCIMENTO
DO CRISTIANISMO (JESUS CRISTO) |
3�. REVELA��O
ESP�RITA (ALLAN KARDEC) CRISTIANISMO REDIVIVO (1.857) |
III - MIL�NIO |
+ ou � 2.000
ANOS |
+
ou � 2.000 ANOS |
+
ou � 2.000 ANOS |
+
ou � 2.000 ANOS |
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Panorama
Mundial |
Panorama
Mundial |
Panorama
Mundial |
Panorama
Mundial |
Panorama
Mundial |
-Anarquia moral. -Apatia geral. -Propens�o para o mal. -Materialismo �mpar. -Bramanismo. |
- Idolatria. -Materialismo desenfreado.
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-Ocioso torna recapitular. -Materialismo desenfreado. -Idolatria |
-Materialismo tenebroso. -Materialismo desesperador. -Religi�es (falsos profetas) se expandem. -Ocorriam mortes em nome de Deus. (Inquisi��o) -Despotismo. -Orgulho. -Idolatria. |
-Fim do absolutismo. -Fim das aristocracias. -Fim das castas privilegiadas. -Fim da prepot�ncia. -Fim do orgulho. -Fim do ego�smo. -Fim dos governos venais -Troca de vis�o do mundo material pelo mundo espiritual. |
Panorama subsequente |
Panorama subsequente |
Panorama subsequente |
Panorama subsequente |
Panorama subsequente |
-Renascidos espiritualmente. -Deveres morais. -Lei de Causa e Efeito. |
-Interpreta��o de um Deus mau e vingativo. - |
-Evangelhos -A religiosidade floresce. -Veio o amor. -O dec�logo passou para 2 mandamentos.
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-T�bua de salva��o. -Espiritualizar as almas. -Luz da Imortalidade. -Nos cora��es: a esperan�a. -Os deserdados recebem a Caridade. -Os aflitos recebem a consola��o. |
-O Bem perdura. -A caridade domina. -O amor � mundial. -O pr�ximo � reconhecido
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I � REVELA��O NOVA: BUDISTA (BUDA)
A finalidade desta an�lise � mostrar aos estudantes do Espiritismo como se deu a descoberta espiritual pelos homens ao longo dos mil�nios, e, ao� mesmo tempo, registrar que, ap�s determinadas decis�es humanas incompat�veis com a justi�a divina, os Dirigentes Espirituais, mentores da humanidade encarnada, enviam seus emiss�rios para restabelecer o equil�brio, conduzindo o homem na dire��o correta.
O Budismo veio corrigir o grave erro do Bramanismo, que estabeleceu as castas, recolocando todos os homens em igualdade de condi��es. Rompe tamb�m com a Trindade bram�nica, ao colocar como Incondicionado o Ser Supremo e cham�-lo de Vazio ou Absoluto; como conseq��ncia fica indefinida a exist�ncia ou n�o da alma. Em paralelo, no Ocidente, podemos dizer que o Islamismo veio ao mundo para se opor a Trindade da Igreja Romana, restabelecendo a id�ia de um Deus, �nico e Criador de todas as coisas, como na origem bram�nica e nos ensinamentos de Jesus.
O Espiritismo, como s�ntese, admite o Deus Criador e a pluralidade das exist�ncias do Bramanismo, rejeitando sua Trindade, como o fez o Budismo; aceita do Budismo a igualdade de todos diante do Ser Supremo, mas rejeita-lhe o estado nirv�nico pante�sta da alma que alcan�a a ilumina��o; aceita os princ�pios do Deus Criador do Juda�smo e a pluralidade das exist�ncias trazidas ao Ocidente por Jesus, e nega, como fez o Islamismo, a Trindade da Igreja Romana em rela��o aos anjos, homens, animais e vegetais, cada grupo circunscrito em seu n�vel, como fez o Budismo com as castas bram�nicas.
O Espiritismo, como se v�, vem restabelecer os ensinamentos de Jesus, contidos nas religi�es anteriores, sem os erros criados pelos homens, como disse o Esp�rito de Verdade: �Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram s�o de origem humana; e eis que, de al�m-t�mulo, que acredit�veis vazio, vozes vos clamam: Irm�os ! Nada perece�.
Segundo os registros hist�ricos Lao Tse teria nascido por volta de 600 a.C. e Sidharta Gautama, o fundador do Budismo, em torno de 550 a .C. N�o existem dados exatos. Como hip�tese, pode-se dizer que, muito provavelmente, Gautama tomou conhecimento das id�ias tao�stas de Lao Tse e de sua rela��o com os opostos do I Ching, para iniciar na �ndia, o novo ideal budista, em confronto com as castas e favoritismos bram�nicos.
Gautama era de fam�lia nobre, mas aos 29 anos de idade abandona o lar paterno, preocupado com o problema do sofrimento humano, e parte em busca da ilumina��o com os exerc�cios da ioga e as mortifica��es, durante 6 anos. N�o satisfeito, imaginou, ent�o, um novo m�todo, passando a praticar a medita��o sob uma �rvore, a �rvore-B�, chegando ao despertar ou ao estado Budha, palavra que quer dizer s�bio.
O Ser Supremo para Sidharta Gautama (Buda), o Indeterminado, o Vazio, o Absoluto, assemelha-se pouco ao Brahmann e muito ao T�o de Lao Tse: o T�o � vazio e inesgot�vel; � o indeterminado.
No budismo a �atman� bram�nica perde sua individualidade em raz�o da constante muta��o de todas as coisas, como no Tao�smo: �o movimento do Tao nasce dos contr�rios...todas as coisas nascem do Ser; o Ser nasce do n�o-ser, dando origem a uma id�ia pante�sta de que tudo est� em Deus ou Deus em tudo.
Em seu primeiro ensinamento Buda fala da vida e do sofrimento de nascer, de adoecer, de envelhecer e de morrer. Todo sofrimento adv�m da id�ia que se tem de se ter uma alma ou �eu� permanente, substancial. Se n�o tivermos a ilus�o desse �eu�, a c�lera, o desejo e a ignor�ncia desaparecer�o. Diz F. Capra que �o Budismo sustenta que a id�ia de um eu individual � uma ilus�o, um conceito intelectual desprovido de realidade�.
Como nosso estudo n�o � propriamente o Budismo e sim o Espiritismo, estamos analisando o nosso passado para compreendermos melhor o nosso futuro, mostramos o Budismo como uma necessidade inicial que a Espiritualidade sentiu de agir quanto a Humanidade daquela �poca.
II � REVELA��O MOSA�CA
(CONSIDERADA A 1�. REVELA��O PELO ESPIRITISMO) REPRESENTADA EM MOIS�S:
Dos Esp�ritos degredados na Terra, foram os hebreus que constitu�ram a ra�a mais forte e mais homog�nea, mantendo inalterados os seus caracteres atrav�s de todas as muta��es. Examinando esse povo not�vel no seu passado long�nquo, reconhecemos, que, se grande era a sua certeza na exist�ncia de Deus, muito grande tamb�m era o seu orgulho, dentro de suas concep��es da verdade e da vida.
Consciente da superioridade de seus valores, nunca perdeu oportunidade de demonstrar a sua vaidosa aristocracia espiritual, mantendo-se pouco acess�vel � comunh�o perfeita com as demais ra�as do orbe.
Entretanto, em honra da verdade, somos obrigados a reconhecer que Israel, num paradoxo flagrante, antecipando-se �s conquistas dos outros povos, ensinou de todos os tempos a fraternidade, a par de uma f� soberana e imorredoura. Sem p�tria e sem lar, esse povo her�ico tem sabido viver em todos os climas sociais e pol�ticos, exemplificando a solidariedade humana nas melhores tradi��es de trabalho; sua exist�ncia hist�rica, contudo � uma li��o dolorosa para todos os povos do mundo das conseq��ncias nefastas do orgulho e do exclusivismo.
MOIS�S: As lendas da Torre de Babel n�o representam um mito nas p�ginas antigas do Velho Testamento, porque o ex�lio na Terra n�o pesou tanto �s outras ra�as degredadas quanto na alma orgulhosa dos judeus inadaptados e revoltados num mundo que os n�o compreendia.
Sem procurarmos os seus antepassados, anteriores a Mois�s, vamos encontrar o grande legislador hebreu saturando-se de todos os conhecimentos inici�ticos, no Egito antigo, onde o seu Esp�rito recebeu primorosa educa��o � sombra do prest�gio de Term�tis, cuja caridade fraterna o recolhera.
Mois�s, na sua qualidade de mensageiro do Divino Mestre, procura ent�o concentrar o seu povo para a grande jornada em busca da Terra da Promiss�o. M�dium extraordin�rio, realiza grandes feitos ante os seus irm�os e companheiros maravilhados. � quando ent�o recebe de emiss�rios do Cristo, no Sinai, os dez sagrados mandamentos que, at� hoje, representam a base de toda a justi�a do mundo.
Antes de abandonar as lutas na Terra, na ext�tica vis�o da Terra Prometida, Mois�s lega � posteridade as suas tradi��es no Pentateuco, iniciando a constru��o da mais elevada ci�ncia religiosa de todos os tempos, para as coletividades porvindouras.
III � REVELA��O CRISTI�NICA:
JESUS CRISTO (CONSIDERADA A 2�. REVELA��O PELO ESPIRITISMO).
As primeiras organiza��es religiosas da Terra tiveram, naturalmente, sua origem entre os povos primitivos do Oriente, aos quais enviava Jesus, periodicamente, os seus mensageiros e mission�rios. Dada a aus�ncia da escrita, naquelas �pocas long�nquas, todas as tradi��es se transmitiam de gera��o a gera��o atrav�s do mecanismo das palavras.
Todavia, com a coopera��o dos degredados dos sistema de Capela, os rudimentos das artes gr�ficas receberam os primeiros impulsos, come�ando a florescer uma nova era de conhecimento espiritual, no campo da concep��es religiosas.
Os Vedas, que contam mais de seis mil anos, j� nos falam da sabedoria dos �Sastras�, ou grandes mestres das ci�ncias hindus, que os antecederam de mais ou menos dois mil�nios, nas margens dos rios sagrados da �ndia. V�-se, pois, que a id�ia religiosa nasceu com a pr�pria Humanidade, constituindo o alicerce de todos os seus esfor�os e realiza��es no plano terr�queo.
N�o podemos, por�m, esquecer que Jesus reunira nos espa�os infinitos os seres proscritos que se exilaram na Terra, antes de sua reencarna��o geral na vizinhan�a dos planaltos do Ir� e do Pamir.
Obedecendo �s determina��es superiores do mundo espiritual, eles nunca puderam esquecer a palavra salvadora do Messias e as suas divinas promessas. As belezas do espa�o, aliadas � paisagem mir�fica do plano que foram obrigados a abandonar, viviam no cerne das suas recorda��es mais queridas. As exorta��es confortadoras do Cristo, nas v�speras de sua dolorosa imers�o nos fluidos pesados do planeta terrestre, cantavam-lhe no �ntimo os mais formosos hosanas de alegria e de esperan�a.
Era por isso que aquelas civiliza��es antigas possu�am mais f�, colocando a intui��o divina acima da raz�o puramente humana. A cren�a, como �ntima e sagrada aquisi��o de suas almas, era a for�a motora de todas as realiza��es, e todos os degredados, com os mais santos entusiasmos do cora��o, falaram d�Ele e da sua infinita miseric�rdia.
Suas vozes enchem todo o �mbito das civiliza��es que passaram no pentagrama dos s�culos sem-fim e, apresentado com mil nomes, segundo as mais variadas �pocas, o Cordeiro de Deus foi guardado pela compreens�o e pela mem�ria do mundo, com todas as suas express�es divinas ou, ali�s, como a pr�pria face de Deus, segundo as modalidades dos mist�rios religiosos.
AS REVELA��ES GRADATIVAS:
At� � palavra simples e pura do Cristo, a Humanidade terrestre viveu etapas gradativas de conhecimento e de possibilidades, na senda das revela��es espirituais. Os mil�nios, com as suas experi�ncias consecutivas e dolorosas, prepararam os caminhos d�Aquele que vinha, n�o somente com a sua palavra, mas, principalmente com a sua palavra, mas, principalmente, com a sua exemplifica��o salvadora.
Cada emiss�rio trouxe uma das modalidades da grande li��o de que foi teatro a regi�o humilde da Galil�ia. � por esse motivo que numerosas coletividades asi�ticas n�o conhecem a li��o direta do Mestre, mas sabem do conte�do da sua palavra, em virtude das pr�prias revela��es do seu ambiente, e, se a Boa Nova n�o se dilatou no curso dos tempos, pelas estradas do povos, � que os pretensos mission�rios do Cristo, nos s�culos posteriores aos seus ensinos, n�o souberam cultivar a flor da vida e da verdade, do amor e da esperan�a, que os seus exemplos haviam implantado no mundo: - abafando-a nos templos de uma falsa religiosidade, ou encarcerando-a no sil�ncio dos claustros, a planta maravilhosa do Evangelho foi sacrificada no seu desenvolvimento e contrariada nos seus mais l�dimos objetivos.
O CRISTIANISMO REDIVIVO: