CAPÍTULO VII
A MULHER HEMORROÍSSA

B - A PERSISTÊNCIA

Nos tempos recuados da Palestina, quando a soldadesca romana pisava a Judéia, estendendo seus estandartes com as águias do divino império, as dificuldades e as dores eram semelhantes às de hoje.

Ao encontrar-se com Jesus, a mulher hemorroíssa havia passado por anos de lutas e dificuldades, que foram úteis como instrumento de crescimento íntimo. A persistência do seu espírito em provação ficou para sempre registrada nas páginas do Evangelho. Embora as dores e o sofrimento que a acometiam, a mulher com o fluxo de sangue abundante não desistiu de procurar o socorro para sanar as suas dificuldades.

Entendendo a enfermidade como desafio para as forças de sua alma, continuou trabalhando, servindo e amando, superando a própria dor na entrega íntima tootal, até o ponto culminante, no encontro com o Mestre.

Mesmo assim, decidida quanto ao encontro com o médico divino, houve a dificuldade em desafiar tanto os costumes da época como os próprios seguidores mais próximos de Jesus, portadores de imenso preconceito.

Arrojando-se aos pés do Mestre com o último fôlego que lhe restava na alma combalida, movimenta por si mesma os recursos terapêuticos à disposição no universo.

O empenho, a coragem de prosseguir e a persistência na busca da cura formaram a fortaleza que a preparou para o futuro, quando abraçaria um trabalho que marcaria por anos a história de muitos de sua época.

Vidas como a desta mulher, inspiradas pelos valores do espírito, foram imortalizadas a fim de atuarem como exemplo para a posteridade, de tal forma que, diante dos obstáculos e desafios, continuemos, nós mesmos, na certeza da vitória.

Estevão